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Como a alimentação pode influenciar a cefaleia em crianças

alimentação cefaleia

A cefaleia, ou dor de cabeça, é um sintoma comum na infância e pode ter causas variadas, incluindo fatores genéticos, emocionais, hormonais e ambientais. Entretanto, um aspecto frequentemente negligenciado é o papel que a alimentação desempenha no surgimento e na intensidade das dores de cabeça. 

A alimentação inadequada, a ingestão de certos alimentos ou até mesmo a falta de uma rotina alimentar regular podem influenciar significativamente a ocorrência de cefaleia em crianças. Por isso, entender a relação entre alimentação e dor de cabeça pode ser útil para prevenir crises e proporcionar uma melhor qualidade de vida para a criança. 

Vamos explorar, neste artigo, quais alimentos podem desencadear crises de cefaleia, como manter uma rotina alimentar adequada e quais cuidados os pais devem ter para evitar dores de cabeça relacionadas à alimentação.

Tipos de Cefaleia em crianças

As dores de cabeça em crianças podem se apresentar de diferentes formas e origens, sendo os principais tipos:

  • Cefaleia tensional: associada ao estresse e à tensão muscular, essa dor é geralmente leve a moderada e surge em resposta a fatores emocionais, má postura ou cansaço;
  • Enxaqueca: caracterizada por uma dor pulsante, geralmente acompanhada de náuseas, sensibilidade à luz e ao som, que pode ser desencadeada por fatores hormonais, estresse e também pela ingestão de certos alimentos;
  • Cefaleia por outros fatores: algumas crianças podem apresentar cefaleia devido a sinusite, distúrbios oculares, infecções ou outras condições médicas.

Compreender o tipo de cefaleia que a criança apresenta é o primeiro passo para identificar possíveis causas e para adaptar a alimentação de maneira preventiva.

Como a alimentação pode contribuir para a Cefaleia Infantil

Diversos fatores alimentares podem influenciar o aparecimento ou a piora da cefaleia em crianças, incluindo o consumo de certos alimentos, horários irregulares de alimentação e a desidratação. Abaixo estão alguns dos principais aspectos alimentares que podem contribuir para dores de cabeça.

1. Alimentos que podem desencadear a Cefaleia

Alguns alimentos possuem substâncias que podem atuar como gatilhos para enxaquecas e dores de cabeça em crianças predispostas. Os que estão mais frequentemente associados à cefaleia são:

  • Chocolate: o chocolate contém cafeína e teobromina, que podem estimular o sistema nervoso e, em algumas crianças, atuar como gatilhos para enxaquecas;
  • Laticínios: em crianças com intolerância à lactose ou sensibilidade a proteínas do leite, laticínios como queijos e leites podem desencadear dores de cabeça;
  • Embutidos e carnes processadas: alimentos como salsichas, presuntos e salames contêm nitritos e conservantes que, em algumas crianças, podem provocar vasodilatação e cefaleia;
  • Alimentos ricos em glutamato monossódico (MSG): presente em temperos prontos, alimentos ultraprocessados e comidas orientais, o MSG é um aditivo que pode causar enxaqueca em algumas crianças;
  • Bebidas com cafeína: embora não seja recomendado para crianças, alguns acabam consumindo refrigerantes e chás com cafeína, que podem provocar dor de cabeça devido ao efeito estimulante da substância.

Esses alimentos podem ser consumidos com moderação e devem ser observados pelos pais para verificar se há associação com episódios de cefaleia.

2. Hidratação insuficiente

A desidratação é uma causa comum de cefaleia em crianças. Muitos casos de dor de cabeça poderiam ser evitados com a ingestão adequada de água ao longo do dia, especialmente em dias quentes, em situações de atividade física intensa ou durante atividades prolongadas.

  • Solução: incentivar a criança a beber água regularmente, evitando o consumo excessivo de bebidas açucaradas e refrigerantes, que, além de não hidratar, podem conter substâncias desencadeantes da dor de cabeça.

3. Jejum prolongado e alimentação irregular

A alimentação irregular e o jejum prolongado são fortes gatilhos para a cefaleia em crianças. Quando a criança fica muito tempo sem se alimentar, os níveis de glicose no sangue diminuem, o que pode desencadear dor de cabeça e sintomas como irritabilidade e tontura.

  • Solução: estabelecer uma rotina alimentar com intervalos regulares entre as refeições (lanches e principais), para evitar quedas bruscas de glicose e garantir que a criança tenha energia constante ao longo do dia.

4. Sensibilidade alimentar e intolerâncias

Algumas crianças podem apresentar sensibilidade ou intolerância a certos alimentos, o que pode contribuir para dores de cabeça. A intolerância à lactose e a sensibilidade ao glúten são dois exemplos comuns disso, nos quais o consumo de determinados produtos provoca uma série de sintomas, incluindo cefaleia.

  • Solução: consultar um especialista para identificar possíveis intolerâncias ou alergias alimentares e, se necessário, ajustar a dieta da criança.

Quando consultar um especialista?

Caso a cefaleia na criança seja recorrente ou incapacitante, é essencial procurar um profissional de saúde para uma avaliação completa. Além disso, se houver sinais de intolerância alimentar, como desconforto gastrointestinal, cansaço excessivo ou irritabilidade associada ao consumo de certos alimentos, o acompanhamento com um médico e nutricionista pode ajudar a identificar e corrigir essas causas.

A alimentação desempenha um papel importante na prevenção e no controle da cefaleia em crianças, influenciando fatores como a glicemia, hidratação e consumo de substâncias que podem desencadear crises. Manter uma dieta equilibrada, com alimentos saudáveis e horários regulares, oferece à criança as melhores condições para seu desenvolvimento e bem-estar. 

Ao adotar esses cuidados e observando padrões alimentares específicos, os pais podem ajudar a reduzir a ocorrência de dores de cabeça e contribuir para a saúde geral dos pequenos.

Com quem você pode contar para saber mais sobre este assunto?

A Dra. Cláudia Pechini é Neurologista Infantil e possui Título de Especialista em Neurologia Infantil pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). São anos de experiência nos cuidados com crianças e adolescentes a fim de garantir o pleno desenvolvimento de todas as suas habilidades.

Agende uma consulta para você ou seu pequeno e esclareça todas as suas dúvidas sobre o assunto!

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