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Atrasos no desenvolvimento: quando se preocupar e o que fazer?

atrasos no desenvolvimento infantil

O desenvolvimento infantil é um processo complexo e fascinante, que envolve uma série de habilidades motoras, cognitivas, sociais, emocionais e de linguagem. Cada criança tem seu próprio ritmo, mas existem marcos esperados para cada fase. Quando estes não são alcançados dentro do tempo esperado, pode haver um atraso no desenvolvimento, um sinal de alerta que merece atenção.

Neste artigo, vamos entender o que caracteriza um atraso no desenvolvimento, quais são os sinais que os pais e cuidadores devem observar, e como agir de forma precoce para garantir que a criança receba o suporte necessário para atingir seu potencial.

O que é considerado um atraso no desenvolvimento?

Um atraso no desenvolvimento ocorre quando a criança não atinge os marcos esperados para sua idade em uma ou mais áreas do desenvolvimento:

  • Motricidade grossa: sentar, engatinhar, andar, correr;
  • Motricidade fina: pegar objetos pequenos, desenhar, empilhar blocos;
  • Linguagem e comunicação: balbuciar, falar palavras e frases, compreender comandos;
  • Desenvolvimento social e emocional: sorrir, brincar com outras crianças, responder ao nome;
  • Desenvolvimento cognitivo: resolver problemas simples, imitar comportamentos, prestar atenção.

É importante lembrar que atrasos em uma área não significam necessariamente um transtorno. No entanto, quando eles são persistentes ou afetam mais de uma área, é fundamental buscar uma avaliação profissional.

Quando se preocupar?

Embora existam variações individuais no ritmo de desenvolvimento, certos sinais merecem atenção especial. Veja alguns exemplos de sinais de alerta por faixa etária:

Até 6 meses:

Não sorri socialmente;

Não sustenta a cabeça;

Não emite sons ou balbucios;

Não acompanha objetos com os olhos.

Até 12 meses:

Não senta sem apoio;

Não responde ao próprio nome;

Não tenta se comunicar (gestos, sons);

Não engatinha ou não tenta se movimentar.

Até 18 meses:

Não anda sozinho;

Não fala palavras simples;

Não aponta para objetos ou pessoas;

Não demonstra interesse por outras crianças.

Até 2 anos:

Não forma frases de duas palavras;

Apresenta perda de habilidades já adquiridas;

Dificuldade de compreender comandos simples.

Após 3 anos:

Linguagem muito difícil de compreender;

Não consegue brincar de faz de conta;

Isolamento social ou dificuldade intensa de interação.

Esses sinais não devem ser ignorados. A intervenção precoce é essencial para promover o desenvolvimento e, muitas vezes, evitar que dificuldades se agravem.

Possíveis causas de atrasos no desenvolvimento

Os atrasos podem ter diversas causas, que incluem:

  • Fatores genéticos: como síndromes genéticas ou condições hereditárias;
  • Complicações no parto: como hipóxia (falta de oxigênio) ou prematuridade;
  • Problemas neurológicos: como paralisia cerebral ou epilepsia;
  • Transtornos do neurodesenvolvimento: como TEA (Transtorno do Espectro Autista), TDAH e distúrbios específicos da linguagem;
  • Privação de estímulos: ambientes com pouca interação ou falta de vínculos afetivos;
  • Deficiências sensoriais: como perda auditiva ou visual não diagnosticada.

Cada caso deve ser avaliado individualmente, com o apoio de profissionais especializados.

O que fazer diante de um possível atraso?

1. Observar e registrar comportamentos

Anotar os comportamentos que chamam atenção, quando começaram e em quais situações ocorrem pode ajudar muito no momento da avaliação.

2. Buscar avaliação profissional

O primeiro passo é procurar um neuropediatra, que fará uma análise do desenvolvimento global da criança e, se necessário, indicará avaliações complementares com fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos ou fisioterapeutas.

3. Iniciar intervenção precoce

A estimulação nas áreas afetadas deve começar o quanto antes. Quanto mais cedo o apoio for iniciado, maiores as chances de progresso e adaptação.

4. Estimular em casa

Brincadeiras, leituras, conversas e atividades dirigidas são formas poderosas de promover o desenvolvimento. O envolvimento da família no processo terapêutico é um dos maiores fatores de sucesso.

5. Não adiar por receio do diagnóstico

Muitos pais evitam buscar ajuda por medo de rotular a criança. Mas o diagnóstico não é um fim — é o início de um cuidado direcionado, que pode transformar o futuro da criança.

O papel da neuropediatria

O neuropediatra é o médico especializado em acompanhar o desenvolvimento neurológico infantil. Sua função é investigar as causas do atraso, realizar o diagnóstico clínico e orientar os caminhos terapêuticos adequados. Além disso, acompanha a evolução da criança e atua em conjunto com a família e a escola.

Atrasos no desenvolvimento infantil não devem ser motivo de pânico, mas sim de atenção. Com um olhar cuidadoso e ação precoce, é possível oferecer à criança o suporte necessário para que ela se desenvolva de forma mais saudável, autônoma e feliz.

A chave está em observar, agir e apoiar. O tempo é um aliado quando a intervenção acontece cedo, por isso, se você tiver dúvidas sobre o desenvolvimento do seu filho, não hesite em procurar ajuda especializada. Seu cuidado hoje pode fazer toda a diferença no amanhã.

Com quem você pode contar para saber mais sobre este assunto?

A Dra. Cláudia Pechini é Neurologista Infantil e possui Título de Especialista em Neurologia Infantil pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). São anos de experiência nos cuidados com crianças e adolescentes a fim de garantir o pleno desenvolvimento de todas as suas habilidades.

Agende uma consulta para você ou seu pequeno e esclareça todas as suas dúvidas sobre o assunto!

Dra. Cláudia Pechini

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