Muitas vezes estamos vivendo nosso dia normalmente até que uma dorzinha de cabeça começa a incomodar, não é mesmo? Às vezes, sem nenhuma causa aparente, a chamada cefaleia toma conta e nos impede de prosseguir com as tarefas. Pior ainda quando estes episódios se tornam mais frequentes e intensos.
Muitas pessoas sofrem deste problema de forma crônica, e por se acostumarem com a dor acabam não investigando mais a fundo. Aí que se encontra o perigo, já que a cefaleia pode ser o sintoma de algo maior.
No artigo abaixo vamos entender um pouco mais sobre o quadro, suas possíveis causas e como se manifesta nas crianças.
Acompanhe a leitura!
Quais os tipos de Cefaleia?
A dor de cabeça pode se manifestar de diversas maneiras e intensidades. Atualmente, os órgãos de saúde já identificaram cerca de 150 manifestações diferentes.
Abaixo estão as 3 mais comuns na nossa população. Confira:
Cefaleia tensional: Essa dor de cabeça surge, na maioria dos casos, no final do dia e é resultado de um processo de tensão ou de estresse muito grande. Isso porque, com o nervosismo do dia a dia, acabamos tensionando excessivamente os músculos do pescoço, a nuca, a testa e toda a musculatura ao redor do crânio.
Com manifestações leves a moderadas, não é um tipo de dor de cabeça que vai impedir o prosseguimento do dia.
Cefaleia em salvas: Este tipo costuma atingir somente um lado da cabeça e acontecer em ondas pulsantes, ao invés de ser uma dor constante no paciente. Surge e desaparece de repente e podem envolver até mesmo os olhos, causando uma queda da pálpebra ou até mesmo um olho lacrimejante.
Cefaleia cervicogênica: Nestes casos, a dor inicia do pescoço, geralmente como resultado de algo relacionado à coluna vertebral. É quase como se essa dor surgisse da nuca e fosse até a frente da cabeça ou na área atrás dos olhos. Ela pode ser agravada com certas posturas do pescoço ou se uma certa pressão for aplicada nele na intenção de aliviar a tensão da região.
Vamos pensar nas crianças?
No caso dos pequenos, estes relatos de dor de cabeça não são tão comuns, mas podem acontecer também, sem que sejam indícios de algo maior. Na grande maioria das vezes, estão relacionados a algum outro fato, como a exposição às telas por muito tempo, falta de sono regular ou cansaço extremo.
Ainda assim, é sempre importante manter um olhar mais atento a elas, já que muitas vezes as crianças podem não saber comunicar com clareza onde está doendo ou o que estão sentindo.
Confira alguns fatores preocupantes associados às dores de cabeça eventuais:
- A criança acorda durante a noite com dor
- As queixas de cefaleia são frequentes e dentro de um curto período de tempo
- Há alteração das características habituais das dores, como mais frequentes ou mais intensas, por exemplo
- Estão associadas a outros sintomas como febre e vômitos frequentes, alterações da visão, alterações do comportamento, dificuldades nas ações diárias
- A criança demonstrar dificuldade em falar, alterações no equilíbrio, falta de força
A partir da identificação destes sinais, o ideal é recorrer a um médico, que poderá avaliar o quadro de maneira completa e entender o que pode estar acontecendo.
Não existe um exame único para diagnosticar o problema laboratorialmente, mas com o acompanhamento ideal é possível resolver o problema com a mudança de hábitos e também, em alguns casos, a abordagem medicamentosa.
Com quem você pode contar para saber mais sobre este assunto?
A Dra. Cláudia Pechini é Neurologista Infantil e possui Título de Especialista em Neurologia Infantil pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). São anos de experiência nos cuidados com crianças e adolescentes a fim de garantir o pleno desenvolvimento de todas as suas habilidades.
Agende uma consulta para você ou seu pequeno e esclareça todas as suas dúvidas sobre o assunto!