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Exames e Diagnóstico do DPAC: quando procurar um especialista?

Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC)

O Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC) é uma condição que afeta a maneira como o cérebro interpreta e organiza os sons recebidos pelos ouvidos. Embora a audição esteja normal, as crianças com DPAC têm dificuldades em compreender o que ouvem, especialmente em ambientes com muito ruído ou ao lidar com instruções complexas.

Identificar o DPAC precocemente é crucial para evitar impactos negativos no aprendizado, na comunicação e no desenvolvimento social da criança. Este artigo aborda os sinais de alerta do DPAC, quando procurar um especialista e como é realizado o diagnóstico.

O Que é o DPAC e Quais São Seus Principais Sinais? 

O DPAC não é uma deficiência auditiva, mas um problema na forma como o sistema nervoso central interpreta os sons. Isso pode dificultar a discriminação de palavras semelhantes, a compreensão de mensagens em ambientes ruidosos e até a memória auditiva.

Sinais de Alerta do DPAC

Os pais e professores devem ficar atentos aos seguintes sinais:

  • Dificuldade em entender instruções verbais, especialmente quando há várias etapas;
  • Confusão com palavras parecidas, por exemplo, confundir “pato” com “gato”;
  • Problemas para compreender conversas em ambientes barulhentos, como salas de aula ou parques;
  • Frequentes pedidos para repetir o que foi dito, como “O que você disse?” ou “Pode falar de novo?”;
  • Atrasos na fala e na linguagem: muitas vezes, essas crianças têm dificuldades com a pronúncia ou a estruturação de frases;
  • Desempenho acadêmico abaixo do esperado, especialmente em leitura, escrita e interpretação de textos;
  • Dificuldade em lembrar informações ou histórias que foram ditas oralmente;
  • Falta de atenção ou aparente distração, que pode ser confundida com TDAH.

Quando procurar um especialista?

Se a criança apresenta sinais consistentes de dificuldade no processamento auditivo, é importante buscar ajuda especializada.

Fatores que indicam a necessidade de avaliação

  • Impacto no desempenho escolar: quando as dificuldades auditivas começam a comprometer o aprendizado e a interação social.
  • Dificuldade persistente após intervenções educacionais: caso os esforços para melhorar a compreensão ou a comunicação não sejam eficazes.
  • Histórico de otites ou outras condições auditivas: problemas frequentes no ouvido médio podem estar associados ao DPAC.
  • Suspeita de problemas de linguagem: crianças com atrasos na fala ou dificuldades na expressão oral devem ser avaliadas.

Quem Procurar?

  • Fonoaudiólogos especializados em audiologia são os profissionais indicados para avaliar e diagnosticar o DPAC.
  • Neuropediatras e psicopedagogos também podem ser consultados para um diagnóstico multidisciplinar, especialmente se a criança apresentar outros transtornos associados.

Como é feito o Diagnóstico do DPAC?

O diagnóstico do DPAC é um processo detalhado que requer testes específicos e análise criteriosa do histórico da criança.

1. Avaliação Inicial

O primeiro passo é a consulta com um fonoaudiólogo ou neuropediatra. Durante essa etapa:

  • O profissional realizará uma entrevista com os pais para entender o histórico médico e comportamental da criança;
  • Os sinais apresentados, como dificuldades auditivas, escolares e sociais, serão discutidos. 

2. Testes Auditivos Básicos

  • Antes de avaliar o processamento auditivo, é fundamental confirmar que a audição periférica está normal.
  • São realizados exames como a audiometria tonal e o teste de imitância acústica para descartar perdas auditivas.

3. Testes Específicos do Processamento Auditivo

Após descartar problemas de audição, são aplicados testes que avaliam como o cérebro processa os sons. Alguns exemplos incluem:

  • Teste de localização sonora: verifica a capacidade de identificar de onde vem o som;
  • Teste de reconhecimento de palavras em ruído: mede como a criança interpreta palavras em ambientes com ruídos de fundo;
  • Teste de padrão temporal: avalia a habilidade de reconhecer e sequenciar sons em intervalos específicos;
  • Teste dicótico: analisa como a criança processa informações apresentadas simultaneamente em cada ouvido.

4. Avaliação Complementar

Em alguns casos, outros profissionais, como psicólogos, podem realizar testes cognitivos e emocionais para entender melhor o impacto do DPAC no comportamento da criança.

O que fazer após o diagnóstico?

Após o diagnóstico, é essencial adotar estratégias que ajudem a criança a superar as dificuldades e a alcançar seu potencial.

1. Intervenções Terapêuticas

  • Terapia fonoaudiológica: sessões regulares com um fonoaudiólogo para trabalhar as habilidades de processamento auditivo.
  • Treinamento auditivo: programas específicos que ajudam o cérebro a melhorar sua capacidade de interpretar sons.

2. Estratégias na Escola

Adaptações no ambiente escolar, como:

  • Sentar a criança longe de ruídos externos;
  • Reforçar instruções por meio de escrita ou repetição;
  • Usar recursos visuais para complementar o conteúdo;
  • Treinamento de professores para compreender e atender às necessidades específicas da criança.

3. Apoio Familiar

  • Criar um ambiente tranquilo para a realização das tarefas escolares.
  • Reforçar instruções em casa com paciência e clareza.
  • Incentivar a criança a participar de atividades que melhorem sua autoestima, como esportes ou artes.

O DPAC pode ser um desafio para a criança e sua família, mas com diagnóstico precoce e intervenções adequadas, é possível minimizar os impactos e ajudar a criança a alcançar seu potencial.

Se você suspeita que seu filho tem dificuldades relacionadas ao processamento auditivo, não hesite em procurar um especialista. Identificar e tratar o DPAC o quanto antes faz toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e social da criança, promovendo um futuro mais saudável e cheio de oportunidades.

Com quem você pode contar para saber mais sobre esse assunto?

A Dra. Cláudia Pechini é Neurologista Infantil e possui Título de Especialista em Neurologia Infantil pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). São anos de experiência nos cuidados com crianças e adolescentes a fim de garantir o pleno desenvolvimento de todas as suas habilidades.
Agende uma consulta para você ou seu pequeno e esclareça todas as suas dúvidas sobre o assunto!

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estímulo infantil
Neurologia

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