A epilepsia é um diagnóstico que pode ser visto em pessoas de todas as idades, incluindo crianças e adolescentes. Na verdade, a epilepsia na infância e na adolescência é uma das formas mais comuns, com uma prevalência estimada de 0,5 a 1% na população geral.
Diferente do que muito se compartilha sem fundamento, a epilepsia não é nenhum bicho de sete cabeças e, ainda que necessite um olhar atento, a pessoa com o quadro pode e deve seguir todas as etapas da vida sem grandes alterações.
No artigo abaixo vamos entender mais sobre o diagnóstico e como deve ser o acompanhamento de alguns casos.
Acompanhe a leitura e saiba mais sobre o assunto!
O que é a epilepsia?
A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por convulsões ou crises epilépticas recorrentes. Essas crises são o resultado de uma atividade elétrica anormal no cérebro que pode ser causada por diversos fatores, como lesões cerebrais, doenças genéticas, infecções ou tumores, em casos mais extremos.
O quadro pode se manifestar em diferentes graus de intensidade e também por motivos distintos, a depender da idade e demais particularidades de cada caso. Por exemplo, em crianças, a hipóxia neonatal (falta de oxigênio para o cérebro ao nascimento) pode causar a epilepsia.
Já em adultos, por outro lado, as doenças cerebrovasculares (derrame ou acidente vascular cerebral), bem como os tumores cerebrais, estão entre as causas mais comuns. Ainda assim, é sempre importante ficar atento a quaisquer sinais fora do comum, afinal, tudo pode ser um sintoma.
Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico da epilepsia na infância e na adolescência pode ser desafiador, pois as crises podem ser confundidas com outros distúrbios do sistema nervoso central.
A identificação geralmente é feita por meio de uma avaliação cuidadosa da história clínica e exame físico do paciente, além de exames de imagem, como ressonância magnética e eletroencefalograma (EEG).
É importante ressaltar que nem algumas condições médicas, como a síndrome de apneia obstrutiva do sono e a Síndrome de Tourette, podem causar sintomas semelhantes à uma crise epiléptica.
Por isso, é crucial que o diagnóstico seja realizado por um médico especialista em Neurologia.
Uma vez diagnosticada, é importante acompanhar a epilepsia infantil e na adolescência de perto em todas as fases da vida.
Qual o melhor acompanhamento?
Pessoas dentro do quadro devem ser acompanhadas por um neurologista ou epileptologista, que avaliará as mudanças no diagnóstico e no progresso de cada paciente.
Além disso, é importante que as crianças e adolescentes sejam monitoradas regularmente quanto ao seu desenvolvimento cognitivo e emocional. A epilepsia pode afetar a memória, a atenção e outras funções cognitivas, especialmente em pessoas que têm crises frequentes ou que têm epilepsia de difícil controle, caso não sejam tratadas de forma efetiva.
É crucial que essas crianças recebam suporte adequado para alcançar todo o seu potencial acadêmico e social.
Na adolescência, a epilepsia pode apresentar desafios adicionais, já que a pressão dos colegas e a necessidade de independência podem fazer com que eles não sigam rigorosamente o tratamento prescrito.
É bem importante que sejam incentivados a assumir a responsabilidade de sua própria saúde e a se comunicarem abertamente com seus médicos sobre quaisquer preocupações ou dificuldades que possam enfrentar.
Com quem você pode contar para saber mais sobre este assunto?
A Dra. Cláudia Pechini é Neurologista Infantil e possui Título de Especialista em Neurologia Infantil pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). São anos de experiência nos cuidados com crianças e adolescentes a fim de garantir o pleno desenvolvimento de todas as suas habilidades.
Agende uma consulta para você ou seu pequeno e esclareça todas as suas dúvidas sobre o assunto!