O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade ainda gera dúvidas e incredulidade em uma parcela da sociedade, que o veem como mito. Isso pode afetar diretamente as pessoas dentro do diagnóstico e ser prejudicial à sua inclusão.
O que se torna mais difícil de acreditar é que atualmente existem inúmeros estudos e informações disponibilizadas em diversos meios de fácil acesso, justamente para diminuir a falta de conhecimento acerca do assunto.
Porém, ainda assim, algumas pessoas ainda tomam como verdade as visões ultrapassadas que diminuem a condição ou descredibilizam as pessoas com TDAH e encaram, de fato, como mito.
Vamos falar um pouco mais sobre isso no artigo abaixo e entender os prejuízos que essa falta de compreensão. Acompanhe a leitura!
O mito do TDAH
Por muitos anos, as crianças que apresentavam sinais clássicos de TDAH eram vistas como desleixadas, desinteressadas, agitadas e outras características que formavam uma personalidade aparentemente desregrada ou desalinhada.
Já na fase adulta, quando os sintomas permaneciam – já que o acompanhamento correto não era realizado desde o início – a vida profissional, os relacionamentos e mesmo o desenvolvimento social era comprometido, e tudo também sob um ótica de desinteresse ou preguiça.
Estes sinais claros, independentemente da fase da vida, podem incluir:
- Dificuldade de concentração por longos períodos de tempo
- Esquecimento
- Ansiedade
- Hiperatividade
- Excitabilidade em excesso
- Impulsividade
- Inquietação
- Falta de moderação
- Irritabilidade
A verdade é que a falta de informação, a ignorância e o preconceito ainda são os principais motivos para que as pessoas não reconheçam ou não compreendam o diagnóstico de TDAH. Ainda assim, o que mais importa é o respeito com as pessoas dentro do quadro.
Os prejuízos do não-acompanhamento
Quando o TDAH não é diagnosticado corretamente nos anos iniciais, alguns quadros podem ter uma piora significativa com o passar dos anos. Aliás, um ponto que pode resultar na piora do caso é algum trauma desenvolvido durante a vida. Neste caso, o problema pode ter sua origem ainda durante a infância e ser em decorrência de preconceitos e exclusões pelo chamado “mito”.
Em nível maior ou menor, o TDAH pode interferir na rotina diária da pessoa. Na fase adulta ele pode acabar dificultando relacionamentos e a realização de tarefas essenciais da faixa-etária, como mencionado acima.
Confira abaixo uma lista com os principais sinais identificados:
- Períodos de sonolência durante o dia
- Alterações rápidas de humor
- Falhas na memória
- Dificuldade em organizar tarefas e rotinas
- Procrastinação
- Dificuldade e instabilidade em relações afetivas
- Rendimento abaixo da capacidade intelectual
Nada de mito – um diagnóstico mais comum do que se imagina
Ainda que muitas pessoas não compreendam e tentem banalizar este diagnóstico, a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), os casos de TDAH são encontrados em 3 a 5% das crianças no mundo inteiro.
Ainda, como pode ocorrer em um alto número de casos, o transtorno pode estar associado a outras doenças, chegando a 70% dos quadros. Nestas situações, outros possíveis diagnósticos são:
- Ansiedade
- Depressão
- Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
Sendo assim, o ideal é contar com o apoio da família, da escola e de profissionais qualificados para garantir o pleno desenvolvimento de cada pessoa dentro desse quadro. Há diversas formas de se manter informado sobre as peculiaridades e também as formas de inclusão. O desconhecimento não é mais motivo para o preconceito.
Com quem você pode contar para cuidar deste assunto?
A Dra. Cláudia Pechini é Neurologista Infantil e possui Título de Especialista em Neurologia Infantil pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). São anos de experiência nos cuidados com crianças e adolescentes a fim de garantir o pleno desenvolvimento de todas as suas habilidades.
Agende uma consulta para você ou seu pequeno e esclareça todas as suas dúvidas sobre o assunto!