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O que observar no primeiro ano de vida em termos neurológicos?

primeiro ano de vida

O primeiro ano de vida é um período de transformações intensas no desenvolvimento infantil. É nesse intervalo que o cérebro do bebê cresce em ritmo acelerado, estabelecendo conexões fundamentais que serão a base para as habilidades motoras, cognitivas, de linguagem e sociais.

Cada conquista — o sorriso, o balbucio, o primeiro rolar, engatinhar e dar passos — faz parte de um processo que reflete a maturação neurológica. Por isso, acompanhar o desenvolvimento nessa fase é essencial para identificar possíveis atrasos ou alterações e, quando necessário, buscar ajuda precoce.

Mas afinal, o que os pais devem observar no primeiro ano de vida em termos neurológicos?

Os marcos do desenvolvimento no primeiro ano de vida

Embora cada criança tenha seu ritmo, existem marcos esperados que ajudam a avaliar se o desenvolvimento neurológico está adequado.

De 0 a 3 meses

  • Contato visual: o bebê deve começar a fixar o olhar em rostos e objetos.
  • Sorriso social: por volta das 6 a 8 semanas, o bebê começa a sorrir em resposta à interação.
  • Controle da cabeça: ainda instável, mas já inicia tentativas de sustentar o pescoço.
  • Reações reflexas: reflexos como o de sucção, preensão palmar e reflexo de Moro são sinais de funcionamento neurológico adequado.

De 4 a 6 meses

  • Melhora do tônus muscular: o bebê já sustenta a cabeça e consegue rolar.
  • Interação: balbucio, risadas e respostas mais claras a estímulos.
  • Coordenação: começa a alcançar objetos com as mãos e levá-los à boca.

De 7 a 9 meses

  • Sentar sem apoio: sinal de que a força muscular e o controle postural estão evoluindo.
  • Exploração: pega objetos pequenos com mais precisão.
  • Linguagem inicial: começa a emitir sons repetitivos (“mamama”, “dadada”).
  • Reconhecimento social: estranha pessoas desconhecidas e demonstra preferência pelos cuidadores.

De 10 a 12 meses

  • Locomoção: engatinhar, arrastar-se ou até dar os primeiros passos.
  • Compreensão: entende ordens simples (“vem cá”, “dá tchau”).
  • Imitação: repete gestos, sons e brincadeiras.
  • Primeiras palavras: pode começar a falar palavras simples como “mamãe” ou “papai”.

O que pode ser um sinal de alerta?

Nem sempre um atraso pontual significa problema neurológico, mas alguns sinais merecem atenção especial e avaliação profissional:

  • Falta de contato visual até os 3 meses;
  • Ausência de sorriso social até os 4 meses;
  • Dificuldade persistente em sustentar a cabeça após os 4 meses;
  • Rigidez muscular excessiva ou, ao contrário, flacidez exagerada;
  • Não sentar sem apoio até os 9 meses;
  • Não balbuciar sons até os 9 meses;
  • Não tentar se locomover ou se apoiar para ficar em pé após os 12 meses;
  • Não responder ao nome ou não demonstrar interesse por pessoas e estímulos ao redor.

Esses sinais não confirmam, por si só, um diagnóstico, mas indicam que o bebê pode se beneficiar de avaliação com neuropediatra.

Por que a observação precoce é tão importante?

O cérebro nos primeiros anos de vida tem alta plasticidade, ou seja, grande capacidade de adaptação e reorganização. Isso significa que, quando há uma intervenção precoce — como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia ou acompanhamento neuropediátrico —, os resultados são muito mais eficazes.

Além disso, muitas condições neurológicas, como paralisia cerebral, transtornos de linguagem, transtorno do espectro autista ou atrasos globais no desenvolvimento, podem apresentar sinais desde o primeiro ano. Identificá-las precocemente aumenta as chances de oferecer suporte adequado para que a criança desenvolva todo o seu potencial.

O papel dos pais e cuidadores

Os pais são os principais observadores do desenvolvimento do bebê. Pequenos detalhes do dia a dia, como a forma como o bebê olha, responde ao chamado, se movimenta ou interage, fornecem informações preciosas.

Algumas atitudes podem ajudar:

  • Estimular o bebê com conversas, músicas e contato visual;
  • Incentivar a exploração motora em ambientes seguros (colocar o bebê de bruços sob supervisão, por exemplo);
  • Brincar e responder aos sinais de comunicação da criança;
  • Registrar conquistas e dúvidas para compartilhar com o pediatra nas consultas de rotina.

Quando procurar um neuropediatra?

Nem sempre os atrasos são sinais de algo grave, mas se houver suspeita de que o bebê não está acompanhando os marcos esperados, vale buscar orientação especializada.

O neuropediatra avalia o desenvolvimento neuropsicomotor, investiga possíveis causas de atrasos e, se necessário, indica exames e terapias específicas. O acompanhamento especializado também ajuda a tranquilizar os pais e a criar estratégias personalizadas para estimular a criança.

O primeiro ano de vida é um período único, marcado por descobertas e conquistas que refletem a maturação neurológica da criança. Observar com atenção cada etapa — desde o sorriso até os primeiros passos — permite não apenas celebrar cada avanço, mas também identificar precocemente sinais de alerta.

Com acompanhamento atento dos pais e apoio do pediatra e do neuropediatra, quando necessário, é possível garantir que a criança tenha um desenvolvimento saudável e que eventuais dificuldades sejam enfrentadas com os recursos adequados.

O olhar cuidadoso e informado faz toda a diferença para que cada bebê tenha a oportunidade de crescer em seu máximo potencial.

Com quem você pode contar para saber mais sobre este assunto?

A Dra. Cláudia Pechini é Neurologista Infantil e possui Título de Especialista em Neurologia Infantil pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). São anos de experiência nos cuidados com crianças e adolescentes a fim de garantir o pleno desenvolvimento de todas as suas habilidades.

Agende uma consulta para você ou seu pequeno e esclareça todas as suas dúvidas sobre o assunto!

Dra. Cláudia Pechini

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Indaiatuba – SP

Categorias
dores de cabeça
Neurologia

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