Como já falamos por aqui antes, a criança diagnosticada dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode e deve contar com o apoio de abordagens multimodais. Isso inclui não somente os tipos de atividades realizadas, mas também quem vai estar ao seu lado, pais, escola e profissionais de áreas diferentes.
Este acompanhamento vai garantir que o desenvolvimento cognitivo, motor e social seja pleno e não tenha prejuízos que poderiam ser causados pela falta de incentivo ou descredibilização de peculiaridades de cada criança.
Neste artigo vamos ver quais as principais formas que os pais e responsáveis podem agir junto à escola para garantir um bom ritmo e inclusão completa.
Acompanhe a leitura!
Reconhecendo o diagnóstico
Ainda antes de traçar as estratégias mais adequadas para cada caso, a escola pode ter um papel fundamental para o entendimento do quadro de TEA. Isso porque, em muitos casos, é neste ambiente que os primeiros ou mais evidentes sinais do transtorno são percebidos.
Quando a criança apresenta dificuldade de se inserir nos círculos de amigos, um ritmo diferente para acompanhar certas atividades ou ainda uma certa limitação ou peculiaridade em expressar seus sentimentos ou ideias, é um sinal claro para a escola de que ela pode estar dentro do Espectro Autista.
Nestes casos, o caminho ideal é alertar os responsáveis, iniciando assim os acompanhamentos necessários para cada caso em particular com os profissionais adequados. Com o diagnóstico correto, diversas medidas podem ser tomadas.
Vamos ver juntos como podem ser os processos de apoio?
Professor de apoio
Um profissional indispensável, principalmente para crianças nas fases iniciais. Este professor é dedicado em especial ao acompanhamento mais próximo deste aluno e conhece bem suas peculiaridades, podendo intervir quando necessário para garantir a inclusão e o ritmo ideal.
Processo de adaptação
Aqui é necessária a atenção tanto da família quanto da escola, já que é nesse período inicial que será possível identificar os pontos de atenção para a inclusão da criança no ambiente e então o que pode ser feito para facilitar esse processo.
O ideal é que esta adaptação aconteça aos poucos, dando tempo para que a criança se familiarize com a rotina, o espaço e as pessoas diferentes.
Material adequado
Aqui depende muito do nível de Autismo de cada criança e também da etapa escolar em que ela está. Cabe ao professor da sala e ao professor de apoio entenderem quais ferramentas podem auxiliar no acompanhamento e realização das atividades como, por exemplo, tabuadas especiais, jogos educativos, fones abafadores de ruídos, dentre outros materiais.
Equipe multidisciplinar
O ideal aqui é que a própria escola conte com equipes multimodais para o acompanhamento da criança com Autismo, disponibilizando não somente o professor de apoio, mas também fonoaudiólogos, psicólogos, psicomotricistas e quaisquer outras especialidades que possam ajudar.
Comunicação família-escola
É importante lembrar que os avanços feitos na escola devem reverberar para dentro de casa, e o mesmo vale para o contrário. O incentivo às atividades e relações interpessoais devem caminhar juntas para que a criança se sinta amparada e segura em ambos os locais.
Ainda, a melhor forma de auxiliar a inclusão da criança com Autismo na escola e em todas as etapas é estar atento e presente e levar sempre em consideração as peculiaridades de cada caso.
Conte com quem pode lhe ajudar!
A Dra. Cláudia Pechini é Neurologista Infantil e possui Título de Especialista em Neurologia Infantil pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). São anos de experiência nos cuidados com crianças e adolescentes a fim de garantir o pleno desenvolvimento de todas as suas habilidades.
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