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Primeiros sinais do TEA: quando buscar ajuda profissional?

TEA autismo autista

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental que afeta a comunicação, o comportamento e as habilidades sociais. Ele pode se manifestar de diferentes formas e intensidades, variando de leve a mais severo. Identificar os primeiros sinais de TEA é essencial para que a criança receba intervenções precoces, fundamentais para promover seu desenvolvimento e qualidade de vida.

Este artigo aborda os principais sinais do TEA, como os pais podem reconhecê-los e quando é importante buscar ajuda profissional.

O que é o TEA?

O TEA é caracterizado por alterações em duas áreas principais:

  • Habilidades de comunicação e interação social: dificuldades em estabelecer e manter interações, compartilhar interesses ou compreender normas sociais;
  • Padrões restritos e repetitivos de comportamento: interesses fixos, comportamentos repetitivos e resistência a mudanças.

Essas características podem surgir nos primeiros anos de vida, mas, em alguns casos, tornam-se mais evidentes à medida que a criança cresce e enfrenta demandas sociais e comunicativas mais complexas.

Primeiros sinais do TEA

Os sinais de TEA podem variar de criança para criança, mas alguns padrões são frequentemente observados desde cedo. Abaixo, destacamos os principais sinais que merecem atenção:

1. Atrasos na comunicação

  • Não balbucia ou vocaliza até os 6-9 meses;
  • Não aponta ou faz gestos para se comunicar até os 12 meses;
  • Dificuldade em aprender palavras ou construir frases simples;
  • Perda de habilidades de linguagem previamente adquiridas.

2. Pouco contato visual

  • Evita ou mantém pouco contato visual, especialmente durante interações sociais;
  • Não segue o olhar de outra pessoa ou objetos apontados.

3. Falta de interesse em interações sociais

  • Não responde ao nome até os 12 meses;
  • Parece indiferente à presença de outras pessoas, incluindo pais e cuidadores;
  • Prefere brincar sozinho e demonstra pouco interesse em brincar de faz de conta ou em compartilhar atividades.

4. Comportamentos repetitivos

  • Realiza movimentos repetitivos como balançar as mãos, girar objetos ou balançar o corpo;
  • Tem padrões rígidos, como organizar brinquedos de maneira específica ou seguir rotinas fixas.

5. Hiperresponsividade ou hiporresponsividade sensorial

  • Reações intensas a estímulos como luz, sons ou texturas (ex.: tampar os ouvidos em ambientes ruidosos);
  • Pouca ou nenhuma reação à dor, calor ou frio.

6. Interesses restritos

  • Interesse intenso e fixo em temas específicos, como números, letras, carros ou dinossauros;
  • Dificuldade em se engajar em atividades variadas.

7. Resistência à mudanças

  • Mostra desconforto ou irritação ao lidar com alterações em rotinas ou ambientes;
  • Prefere realizar as mesmas atividades de forma repetitiva.

Quando buscar ajuda profissional?

Reconhecer os sinais precocemente é fundamental, mas é normal que os pais tenham dúvidas sobre o momento certo de buscar ajuda. Veja abaixo algumas orientações importantes:

1. Observe o desenvolvimento infantil

Cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, mas atrasos em marcos esperados, como sentar, engatinhar, falar ou brincar, podem ser indícios de que algo merece atenção.

2. Fique atento aos primeiros meses e anos

  • Se até os 6 meses a criança não sorri ou não demonstra expressões de alegria.
  • Se até os 12 meses ela não aponta, não faz gestos ou não responde ao nome.
  • Se até os 18 meses ela não fala palavras simples ou não parece interessada em interações sociais.

3. Confie em sua intuição

Pais e cuidadores são os primeiros a perceber mudanças no comportamento da criança. Se algo parecer fora do esperado, mesmo que sutil, vale a pena buscar orientação.

4. Consulte um especialista

Ao identificar um ou mais dos sinais mencionados, é importante procurar profissionais especializados, como neuropediatras, pediatras ou psicólogos, que podem avaliar o desenvolvimento da criança de forma mais detalhada.

A Importância da intervenção precoce

Se houver suspeita de TEA, iniciar a intervenção o mais cedo possível pode fazer uma grande diferença no desenvolvimento da criança. Estudos mostram que intervenções precoces podem:

  • Melhorar as habilidades de comunicação e interação social;
  • Reduzir comportamentos repetitivos e estereotipados;
  • Aumentar a autonomia e a capacidade de adaptação ao ambiente.

Terapias como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), terapia ocupacional, fonoaudiologia e o uso de estratégias de estimulação sensorial são amplamente utilizadas para ajudar crianças com TEA a desenvolverem suas habilidades.

Os primeiros anos de vida são um período crítico para o desenvolvimento infantil. Identificar os sinais do TEA e buscar ajuda profissional de forma precoce são passos fundamentais para oferecer à criança o suporte necessário para seu pleno desenvolvimento.

Se você notar atrasos ou comportamentos atípicos no desenvolvimento de seu filho, não hesite em procurar orientação de um neuropediatra ou outro profissional especializado. O cuidado precoce pode transformar os desafios em oportunidades e proporcionar uma vida mais plena e satisfatória para a criança e sua família.

Com quem você pode contar para saber mais sobre este assunto?

A Dra. Cláudia Pechini é Neurologista Infantil e possui Título de Especialista em Neurologia Infantil pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). São anos de experiência nos cuidados com crianças e adolescentes a fim de garantir o pleno desenvolvimento de todas as suas habilidades.
Agende uma consulta para você ou seu pequeno e esclareça todas as suas dúvidas sobre o assunto!

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Neurologia

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