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O Impacto das Telas na Frequência de Cefaleias em Crianças e Adolescentes

telas e cefaleias

Nos últimos anos, o uso de dispositivos eletrônicos como celulares, tablets, computadores e videogames tem aumentado consideravelmente entre crianças e adolescentes. Com a digitalização do ensino, o crescimento das redes sociais e o acesso facilitado a conteúdos de entretenimento, muitos jovens passam horas diante das telas diariamente.

Embora a tecnologia traga benefícios inegáveis para o aprendizado e a conectividade social, o uso excessivo desses dispositivos pode ter consequências para a saúde, incluindo o aumento da frequência de cefaleias. O tempo prolongado diante das telas pode desencadear dores de cabeça por diversos fatores, como esforço visual, postura inadequada e exposição prolongada à luz azul.

Neste artigo, vamos explorar como o uso excessivo de telas pode contribuir para o aumento das cefaleias em crianças e adolescentes e quais medidas podem ser adotadas para minimizar esses impactos.

O Que São as Cefaleias Relacionadas ao Uso de Telas?

As cefaleias associadas ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos podem se manifestar de diferentes formas, sendo as mais comuns:

1. Cefaleia Tensional

Caracteriza-se por uma dor difusa e persistente, geralmente descrita como um aperto ao redor da cabeça. Está associada ao estresse, à tensão muscular no pescoço e nos ombros e à má postura ao utilizar dispositivos eletrônicos.

2. Enxaqueca

A enxaqueca pode ser desencadeada pelo uso prolongado de telas devido à exposição intensa à luz azul e ao esforço visual. Os sintomas incluem dor pulsátil em um dos lados da cabeça, sensibilidade à luz e ao som, e, em alguns casos, náusea e vômito.

3. Cefaleia Ocular

O esforço visual excessivo para focar na tela por períodos prolongados pode provocar fadiga ocular e dores de cabeça localizadas ao redor dos olhos e na testa.

Como o Uso de Telas Pode Causar Cefaleias?

Vários fatores contribuem para o aumento da frequência de cefaleias em crianças e adolescentes que utilizam dispositivos eletrônicos por longos períodos.

1. Exposição Prolongada à Luz Azul

A luz azul emitida pelas telas pode interferir no ciclo do sono, reduzir a produção de melatonina e aumentar a fadiga ocular, levando ao desenvolvimento de cefaleias.

2. Esforço Visual Excessivo

Focar na tela por longos períodos, sem pausas, pode causar fadiga ocular e cefaleias. O uso de dispositivos com brilho intenso ou em ambientes com iluminação inadequada também pode piorar os sintomas.

3. Postura Inadequada

Muitas crianças e adolescentes utilizam celulares e tablets em posições incorretas, como curvando o pescoço para frente. Isso pode levar à tensão muscular no pescoço e nos ombros, contribuindo para cefaleias tensionais.

4. Falta de Pausas e Tempo Excessivo de Tela

O uso contínuo de telas sem intervalos para descanso pode sobrecarregar os músculos oculares e causar cansaço físico e mental, aumentando a frequência das dores de cabeça.

5. Impacto no Sono

O uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir reduz a qualidade do sono, o que pode desencadear cefaleias e aumentar a fadiga durante o dia.

Como Reduzir o Impacto das Telas nas Cefaleias?

Embora seja difícil eliminar completamente o uso de dispositivos eletrônicos, algumas estratégias podem ajudar a reduzir o impacto das telas na saúde das crianças e adolescentes.

1. Estabelecer Limites de Tempo de Tela

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças de até 2 anos não tenham contato com telas.

  • Entre 2 e 5 anos, o tempo deve ser limitado a uma hora por dia.
  • Entre 6 e 10 anos, o tempo máximo recomendado é de duas horas diárias.
  • Adolescentes devem evitar o uso excessivo e sempre equilibrar o tempo de tela com atividades físicas e sociais.

2. Fazer Pausas Regulares

  • A regra 20-20-20 pode ajudar a reduzir a fadiga ocular: a cada 20 minutos de uso de tela, olhar para um objeto a 20 pés de distância (aproximadamente 6 metros) por 20 segundos.
  • Estimular intervalos regulares para alongamento e descanso visual.

3. Ajustar o Ambiente de Uso

  • Manter uma boa iluminação no ambiente para evitar reflexos na tela.
  • Ajustar o brilho e o contraste da tela para níveis confortáveis.
  • Evitar o uso de telas em locais muito escuros ou com luz excessiva.

4. Melhorar a Postura

  • Incentivar o uso de cadeiras e mesas adequadas à altura da criança.
  • Ajustar a posição da tela para que fique na altura dos olhos e evitar que a criança fique curvada para frente.
  • Incentivar o alongamento regular para aliviar a tensão muscular.

5. Reduzir o Uso de Telas Antes de Dormir

  • Evitar o uso de dispositivos eletrônicos pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Criar uma rotina noturna sem telas para melhorar a qualidade do sono.

6. Incentivar Atividades Alternativas

  • Estimular brincadeiras ao ar livre, esportes e leitura para reduzir o tempo de tela.
  • Promover atividades em família que não envolvam o uso de dispositivos eletrônicos.

7. Uso de Filtros de Luz Azul

  • Ativar o modo “luz noturna” nos dispositivos para reduzir a emissão de luz azul.
  • Usar óculos com filtro de luz azul, caso recomendado por um oftalmologista.

Quando procurar um especialista?

Se a criança ou adolescente apresentar cefaleias frequentes e intensas, é importante procurar um especialista, como um neuropediatra. Os sinais de alerta incluem:

  • Cefaleias persistentes que não melhoram com descanso;
  • Dores de cabeça associadas a vômito, tontura ou alterações na visão;
  • Impacto significativo na rotina da criança, prejudicando o desempenho escolar e as atividades diárias.

O neuropediatra poderá avaliar a frequência e as causas das dores de cabeça e indicar o tratamento mais adequado, que pode envolver mudanças na rotina, fisioterapia, ajuste postural e, em alguns casos, medicação.

O uso excessivo de telas tem sido um fator cada vez mais relevante no aumento da frequência de cefaleias em crianças e adolescentes. A exposição prolongada à luz azul, o esforço visual excessivo e a postura inadequada são alguns dos principais gatilhos para essas dores de cabeça.

No entanto, com estratégias simples, como limitar o tempo de tela, fazer pausas regulares e manter uma boa postura, é possível reduzir os impactos negativos da tecnologia na saúde infantil. O equilíbrio entre o uso saudável das telas e atividades offline é essencial para o bem-estar e desenvolvimento das crianças.

Se as cefaleias forem recorrentes ou intensas, é fundamental buscar a orientação de um especialista para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. Cuidar da saúde digital desde cedo é um passo importante para garantir uma infância mais saudável e equilibrada.

Com quem você pode contar para saber mais sobre este assunto?

A Dra. Cláudia Pechini é Neurologista Infantil e possui Título de Especialista em Neurologia Infantil pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). São anos de experiência nos cuidados com crianças e adolescentes a fim de garantir o pleno desenvolvimento de todas as suas habilidades.

Agende uma consulta para você ou seu pequeno e esclareça todas as suas dúvidas sobre o assunto!

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Neurologia

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