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Como identificar se uma criança tem um Transtorno de Aprendizagem?

transtorno de aprendizagem

Os transtornos de aprendizagem afetam a forma como as crianças processam, compreendem e utilizam informações, podendo impactar habilidades como leitura, escrita, cálculo e organização. 

Esses transtornos não estão relacionados à inteligência, mas sim a diferenças neurológicas que dificultam determinadas funções cognitivas. Identificar esses desafios precocemente é crucial para fornecer o suporte necessário e promover o sucesso acadêmico e emocional da criança.

Neste artigo, exploraremos os sinais mais comuns de transtornos de aprendizagem, as diferenças em relação a dificuldades passageiras e o momento ideal para buscar ajuda especializada.

O que são Transtornos de Aprendizagem?

Transtornos de aprendizagem são condições neurodesenvolvimentais que afetam áreas específicas do aprendizado. Os mais comuns incluem:

  • Dislexia: dificuldade em leitura, escrita e reconhecimento de palavras;
  • Discalculia: dificuldade com conceitos matemáticos, cálculos e interpretação de números;
  • Disgrafia: problemas com a escrita, tanto na forma quanto na organização das ideias.

Esses transtornos são duradouros e requerem intervenções específicas para ajudar a criança a desenvolver estratégias de aprendizado adaptativas.

Como distinguir transtornos de aprendizagem de dificuldades passageiras?

Nem todas as dificuldades acadêmicas indicam a presença de um transtorno de aprendizagem. É comum que crianças enfrentem desafios temporários relacionados a:

  • Mudanças no ambiente escolar;
  • Fatores emocionais, como ansiedade ou problemas familiares;
  • Falta de exposição suficiente a conteúdos ou métodos de ensino inadequados.

A diferença está na persistência e na gravidade das dificuldades. Transtornos de aprendizagem se manifestam mesmo quando a criança tem acesso a um ambiente de ensino adequado e persistem ao longo do tempo, mesmo com esforços para superá-los.

Sinais comuns de Transtornos de Aprendizagem

Os sinais podem variar de acordo com a idade e o tipo de transtorno. No entanto, algumas características gerais incluem:

1. Na Educação Infantil (até os 6 anos)

  • Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;
  • Dificuldade em aprender o alfabeto, rimas ou canções infantis;
  • Problemas para entender conceitos básicos, como cores, formas e números;
  • Falta de interesse em livros ou atividades que envolvam leitura e escrita.

2. Na Educação Fundamental (6 a 12 anos)

  • Dificuldade em associar sons às letras ou palavras;
  • Erros persistentes de ortografia, mesmo em palavras simples e frequentes;
  • Problemas para aprender tabuada ou resolver operações matemáticas básicas;
  • Escrita desorganizada, ilegível ou com dificuldades em formar frases coerentes;
  • Problemas para seguir instruções ou entender explicações verbais;
  • Necessidade constante de repetir ou reforçar tarefas escolares.

3. Na Adolescência (12 anos ou mais)

  • Dificuldade em realizar leituras fluentes ou compreender textos longos;
  • Problemas para organizar ideias em redações ou projetos;
  • Desempenho acadêmico inconsistente, com lacunas específicas em algumas áreas;
  • Evitação de tarefas escolares ou atitudes como frustração e desmotivação.

Fatores de Risco

Algumas condições podem aumentar a probabilidade de um transtorno de aprendizagem, como:

  • Histórico familiar: a presença de transtornos de aprendizagem em parentes próximos pode ser um indicativo;
  • Condições neurológicas associadas: prematuridade, epilepsia, ou lesões cerebrais podem estar relacionadas;
  • Ambiente estressante: ambientes familiares ou escolares desestruturados podem agravar os sinais.

Quando procurar um especialista?

Se os sinais de dificuldade persistem por meses, mesmo com apoio educacional, é hora de buscar ajuda especializada. Alguns momentos que indicam a necessidade de avaliação são:

  • Dificuldades persistentes: quando a criança não acompanha o ritmo da turma, apesar do suporte extra;
  • Impacto emocional: a criança demonstra ansiedade, frustração ou baixa autoestima em relação à escola;
  • Problemas comportamentais: resistência em realizar tarefas escolares, desatenção ou comportamento desafiador.

Especialistas a Consultar

  • Neuropediatras: para investigar condições neurológicas associadas aos transtornos de aprendizagem;
  • Psicopedagogos: para avaliar as habilidades cognitivas e educacionais da criança;
  • Fonoaudiólogos: especialistas em linguagem podem ajudar em casos de dificuldades específicas com fala ou escrita;
  • Psicólogos: para abordar questões emocionais e comportamentais que possam estar associadas às dificuldades.

Diagnóstico e Intervenção

1. Avaliação Multidisciplinar

O diagnóstico de transtornos de aprendizagem envolve uma equipe multidisciplinar que realizará:

  • Testes cognitivos: avaliação de habilidades como memória, atenção e raciocínio lógico;
  • Exames educacionais: análise do nível de desempenho acadêmico em relação à idade e ao ano escolar;
  • Histórico clínico e escolar: entrevistas com pais, professores e análise de relatórios escolares.

2. Estratégias de Intervenção

  • Apoio educacional: planos de ensino personalizados para atender às necessidades da criança;
  • Terapias especializadas: sessões de fonoaudiologia, psicopedagogia ou terapia ocupacional, dependendo do caso;
  • Treinamento para pais e professores: orientação sobre como lidar com os desafios e incentivar o progresso da criança.

O Papel da Família e da Escola

O sucesso no tratamento de transtornos de aprendizagem depende de uma parceria sólida entre pais e escola. Aqui estão algumas dicas:

  • Encoraje a criança: reforce suas conquistas, mesmo que sejam pequenas;
  • Promova a autoestima: ajude a criança a reconhecer suas forças e talentos;
  • Colabore com professores: informe a escola sobre o diagnóstico e participe do planejamento pedagógico;
  • Seja paciente: o progresso pode ser lento, mas o suporte contínuo faz toda a diferença.

Identificar um transtorno de aprendizagem pode ser desafiador, mas é o primeiro passo para ajudar a criança a superar suas dificuldades e alcançar seu potencial máximo. Fique atento aos sinais e não hesite em procurar ajuda profissional se necessário.

Com as estratégias certas e o apoio adequado, é possível transformar os obstáculos em oportunidades, promovendo o desenvolvimento acadêmico, social e emocional da criança.

Com quem você pode contar para saber mais sobre este assunto?

A Dra. Cláudia Pechini é Neurologista Infantil e possui Título de Especialista em Neurologia Infantil pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). São anos de experiência nos cuidados com crianças e adolescentes a fim de garantir o pleno desenvolvimento de todas as suas habilidades.

Agende uma consulta para você ou seu pequeno e esclareça todas as suas dúvidas sobre o assunto!

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