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Como é o uso de medicamentos na abordagem de tratamento do TEA?

uso de medicamentos em TEA

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que afeta o neurodesenvolvimento, apresentando uma ampla variedade de sintomas e manifestações. Sendo assim, é essencial abordar o tema do uso de medicamentos no tratamento dentro do espectro.

Embora o tratamento multidisciplinar seja a abordagem padrão para o TEA, fármacos podem ser recomendados em certos casos para melhorar a qualidade de vida das crianças com o diagnóstico.

Neste artigo, discutiremos em quais situações o uso de remédios é recomendado, as resistências enfrentadas pelas pessoas em relação a essa abordagem e apresentaremos casos em que os medicamentos têm sido úteis no manejo do TEA.

Acompanhe a leitura!

Quando o uso de medicamentos é recomendado

Tratamento dos sintomas associados: Podem ser prescritos para tratar sintomas específicos que acompanham o TEA, como ansiedade, hiperatividade, agressividade ou compulsões.

Controle de comportamentos desafiadores: Em alguns casos, o uso dessa abordagem pode ajudar a controlar comportamentos desafiadores, proporcionando maior estabilidade emocional e social para a criança.

Maior efetividade em terapias: A abordagem medicamentosa pode ajudar a melhorar a resposta da criança a terapias comportamentais e educacionais, permitindo um maior aproveitamento dessas intervenções.

Resistência ao uso de medicamentos no tratamento do TEA

É compreensível que algumas pessoas apresentem resistência ao uso de medicamentos no tratamento do TEA. Algumas das preocupações mais comuns incluem:

Efeitos Colaterais: Os efeitos colaterais associados aos fármacos podem ser preocupantes para os pais e cuidadores. É fundamental entender que nem todas as crianças apresentam os mesmos efeitos e que a prescrição é individualizada, justamente para encontrar o remédio e a dose que melhor combinam com o caso.

Estigma e Preconceito: Há um estigma social em relação ao uso de remédios, o que pode levar ao receio de julgamentos por parte de outras pessoas.

Dúvidas sobre a Eficácia: Algumas pessoas ainda podem questionar se eles realmente ajudarão no manejo do TEA, preferindo abordagens terapêuticas alternativas.

Casos em que os medicamentos auxiliam no tratamento do TEA

Caso 1: Controle de comportamentos repetitivos e rigidez comportamental

Comportamentos repetitivos intensos que afetam negativamente sua interação social e aprendizado. Após a avaliação cuidadosa, um tratamento medicamentoso pode ser introduzido para reduzir a intensidade desses comportamentos.

Resultado: Com o uso dos medicamentos combinado com terapias comportamentais, a criança tende a apresentar uma melhora significativa na regulação emocional e na interação com os colegas.

Caso 2: Gerenciamento da agitação e impulsividade

Uma criança com TEA que é agitado e impulsivo em diversas situações ao ponto em que a sua participação em atividades sociais e acadêmicas é dificultada.

Resultado: A agitação e impulsividade são reduzidas, permitindo que ele participe mais ativamente de atividades escolares e sociais.

Caso 3: Alívio da ansiedade social

Uma criança com TEA que possua dificuldades significativas em interações sociais, gerando ansiedade e isolamento.

Resultado: Com a ajuda de medicamentos ansiolíticos e terapias específicas para ansiedade social, a criança pode apresentar uma redução nas barreiras sociais e se sentir mais confortável em situações sociais.

O uso de medicamentos no tratamento do Transtorno do Espectro Autista pode ser uma ferramenta eficaz para ajudar a controlar sintomas específicos e melhorar a qualidade de vida das crianças e adolescentes com TEA.

É importante enfatizar que cada caso é único e a decisão de prescrever medicamentos deve ser tomada em conjunto com uma equipe multidisciplinar especializada. Além disso, é fundamental que os pais e cuidadores se sintam apoiados e informados ao considerar essa abordagem terapêutica.

O tratamento do TEA é complexo, e a colaboração entre médicos, terapeutas e familiares é essencial para alcançar o melhor resultado possível para cada criança com TEA.

Com quem você pode contar para saber mais sobre este assunto?

A Dra. Cláudia Pechini é Neurologista Infantil e possui Título de Especialista em Neurologia Infantil pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). São anos de experiência nos cuidados com crianças e adolescentes a fim de garantir o pleno desenvolvimento de todas as suas habilidades.

Agende uma consulta para você ou seu pequeno e esclareça todas as suas dúvidas sobre o assunto!

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